Níveis de amizade (íntima).


Na publicação anterior compreendemos que nossa relação amistosa não possui traços marcantes da subcultura GLBT, contudo, a intimidade existe e é preciso compreender que nossa liberdade termina onde começa a do outro, isto é, que precisamos identificar em nossas amizades com quem podemos vivenciar certos níveis de proximidade (contato físico).
Com base em uma análise empírica (apenas na experiência, e não no estudo) deduziu-se haver três níveis de amizade íntima:
No primeiro nível há os costumeiros apertos de mão, tapinhas nas costas e abraços rápidos e formais;
Segundo nível: Estar lado a lado no sofá (por exemplo), dormir ou deitar junto na mesma cama, trocar de roupa um na frente do outro;
Nível três: abraços apertados, intensos, apalpações, contrações entre os corpos (vestidos ou despidos), frottage, docking, boquete (sexo oral) e transa (sexo anal, não obrigatório).
Atenhamo-nos a duas ações não citadas nos três níveis acima: masturbação (uma das práticas de sexo não-penetrativo) e beijo.
Não tê-los incluído não significa que não ocorram, pelo contrário, justamente por serem atos que podem estar presentes nos três níveis dependendo da situação e de com quem se esteja é que requer uma atenção especial.
masturbação com amigos é algo corriqueiro para muitos homens desde que começaram a descobrir o próprio corpo na puberdade (10 ou 12 anos). Com primos, vizinhos, colegas da mesma idade ou não, é algo bem natural e divertido cujo cunho sexual consiste a priori em ejacular, muitas vezes há comparações e competições sem que isso saia do nível 1 após a brincadeira, entretanto considerado de nível 3 quando é realizado com a boca (boquete).
Um camarada mais próximo pode estar no campo do nível dois, um chama o outro para dar aquela “aliviada” juntos, acostumados a se verem sem roupa, lado a lado no sofá, na cama ou no chão sentindo aquela energia fluindo sem restrições com conversas animadas compartilhando experiências.
Tal contacto caminha ou não para a terceira etapa da intimidade entre amigos, após a masturbação, acostumado a estar sem roupa, acontece de irem tomar banho juntos seja por causa da pressa ou naturalidade. Lá acontece de se animar outra vez e surgir uma “mão amiga” e por aí adiante...
Beijar é mais complicado do que segurar o pênis do amigo porque, ainda que seja algo que não necessita sequer estar com a calça arriada, é um gesto que para muitos significar pôr em prova a própria masculinidade. Depende da situação, depende da pessoa e depende do beijo e como foi conduzido para isso.
Simples curiosidade, experimentar para “saber como é”, vontade/prazer ou no calor do momento ser algo inevitável. Claro, visto ser muito estranho estar no nível três sem haver tido um contato lábio a lábio. Obviamente não é regra haver beijo na boca entre amigos, tampouco estamos tratando aqui de uma singela amizade. Então, fica a critério dos dois (de comum acordo) haver ou não tal ato oscular (beijo).
Existe permeando os três níveis um sentimento que não carece de contato físico(ainda que o tato seja uma extensão), é expresso através do som e da luz, da fala e da visão, da conversa e do olhar, enfim, a benquerença a alguém é capaz rasgar o espaço e dissolver o tempo.
Tal intimidade descrita nos níveis dois e três é uma conseqüência e não uma finalidade, uma meta a ser alcançada. Sentir-se bem ao lado do amigo é primordial, estar à vontade com ele resulta do período, da confiança e da consideração mútua. Você me pergunta: “Mas, eu posso investir, jogar verde para colher maduro?”, a resposta é sim, entretanto tenha desenvoltura para não ofender nem ser mal interpretado, nada como uma conversa camarada sem exigir, impor nem obrigar, os momentos acontecem sem forçarmos e quando menos aguardamos. Afinal de contas, os dois são amigos.
Fontes: Wikipédia

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